Pensava que era mais fácil acordar com um sorriso na cara sem pensar em todos os que desiludimos e nos desiludiram. Sem ter medo de dizer a verdade, sem parar-mos para pensar se está certo ou errado. Todos os dias que passam um bocado de nós vai embora. Cada passo, palavra, gesto, sorriso, erro, qualquer coisa que faça-mos é
 mais um avanço para esse dia. Tenho medo do sofrimento, mas tenho mais da despedida. Tudo o que tentei aperfeiçoar com o tempo vai desmanchar–se de um momento para o outro e não sei se vou ter forças para voltar a recompor tudo, até porque não vou ter o amor, os sorrisos, os olhares, os gestos, as palavras, o carinho, não vou ter o que mais preciso e se tiver será tudo diferente. Acredito em quem não devo, digo o que não é suposto, apenas porque quero os melhores a meu lado e depois de um dia para o outro aparece a felicidade. Será felicidade ou desilusão? Desilusão. Como se a felicidade aparecesse do nada e tirasse-nos a dor dos que perdemos. Mesmo sabendo isto tudo, acreditamos que talvez seja diferente e deixamo-nos ir pelas palavras e volta-mos a errar.
 
 
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